02 fevereiro 2007

O GRITO

Lá, onde se encontrava, não sei se o nosso primeiro-ministro terá ouvido o grito da criança assustada, mas, a avaliar pela mortandade no galinheiro, deve ter sido um grito aterrador.
A história conta-se em duas penadas: na China profunda, um distribuidor de gás foi a uma quinta fazer uma entrega. O seu filho, uma criança ainda, acompanhava-o. O cão de guarda, não tendo visto ainda o petiz por aquelas bandas, desata a ladrar ao intruso, o que o terá assustado. A estridência dos gritos lançados pelo apavorado rapaz foi tal que no aviário as galinhas entraram em pânico, atirando-se, desorientadamente, contra as paredes. No final, a carnificina foi pavorosa. Ao que dizem, terão perecido, naquela confusão medonha, para cima de quatro centenas de galináceos. A notícia dizia mais qualquer coisa sobre a pena aplicada ao prevaricador, mas, nesta altura, já a minha imaginação voava para um outro galinheiro que há para os lados do Bairro Alto, onde em tempos os Beneditinos se recolhiam. Que falta fazia lá o chinezinho para atarantar a maioria das aves que por lá se acoitam…

3 comentários:

Tozé Franco disse...

Não é possível importar o miúdo chinês?
O problema é que ocupados que estão a ler os jornais nem davam por nada.
No outro dia fomos lá com alunos e havia duas ou três deputadas a ver fotografias de um casamento, enquanto um colega discursava.
Feitios...
Um abraço e bom fi-de-semana.

Citadino Kane disse...

Carlos,
Li na internet sobre o chinês estridente.
Abraços,
Pedro

Moura disse...

Gostei dessa dos beneditinos! Sou um fã dessa ordem religiosa...e ver agora o "recheio" daquele que em tempos foi um mosteiro cheio de qualidade, mete dó.
Falta fé e consequentemente esperança!
Um abraço