Ainda a propósito de um post que em tempos aqui deixei, descobri hoje no sítio da TSF um delicioso Sinal de Fernando Alves que gostaria de partilhar com, como dizia uma colega destas lides, os meus um ou dois leitores.
Depois de aceder à página da TSF, clique em Sinais e de seguida em "O Trans-Siberiano" de 29Mai06. Delicie-se
31 maio 2006
29 maio 2006
À NOSSA!
Finalmente a confirmação daquilo que quase todos já suspeitávamos: a cerveja faz bem!
E quem o diz não é ninguém da Central de Cervejas mas sim um reputado endocrinologista, Director do Departamento de Nutrição do Instituto Pasteur de Lille Jean-Michel Lecerf, que no passado dia 26 de Maio veio ao Porto participar no Simpósio “Nutrição: Que lugar para a cerveja?” no âmbito do V Congresso de Nutrição e Alimentação 2006 organizado pela Associação Portuguesa de Nutricionistas. Jean-Michel Lecerf é uma voz autorizada. Este médico endocrinologista trabalha no Hospital da Universidade de Lille, especializado em distúrbios alimentares, obesidade e diabetes e autor de numerosos artigos, comunicações e livros sobre nutrição.
E quem o diz não é ninguém da Central de Cervejas mas sim um reputado endocrinologista, Director do Departamento de Nutrição do Instituto Pasteur de Lille Jean-Michel Lecerf, que no passado dia 26 de Maio veio ao Porto participar no Simpósio “Nutrição: Que lugar para a cerveja?” no âmbito do V Congresso de Nutrição e Alimentação 2006 organizado pela Associação Portuguesa de Nutricionistas. Jean-Michel Lecerf é uma voz autorizada. Este médico endocrinologista trabalha no Hospital da Universidade de Lille, especializado em distúrbios alimentares, obesidade e diabetes e autor de numerosos artigos, comunicações e livros sobre nutrição.
"QUEIMAR" PETRÓLEO MATA
Alguém disse um dia, a propósito do mais ou menos próximo esgotamento dos combustíveis fósseis, que a humanidade tinha já passado por situações semelhantes e tinha-se saído airosamente, isto é, o homem tinha já conseguido “evoluir” da lenha para o carvão e deste para o petróleo, fazendo-o harmoniosamente, daí se concluindo que o conseguirá fazer agora para a próxima forma de energia – seja ela qual for –, que há-de substituir o petróleo. Tenho uma enorme confiança nas capacidades da humanidade para se adaptar a novas formas de vida, e comungo da opinião que na altura certa saberemos mudar de rumo, mas reconheço que a cada dia que passa, nos tornámos todos um pouquinho mais cépticos. Oxalá a teoria que aqui estou a citar esteja correcta, já que as premissas não são rigorosamente as mesmas, com efeito, até aqui, sempre que se optou por uma nova forma de energia, a anterior não estava, como agora, em perigo de se esgotar.
Hoje comemora-se o Dia Nacional da Energia. Se não houver outra utilidade para este dia, pelo menos que sirva para reflectirmos sobre a energia, pelo menos aquela que é gasta indevidamente. Mas quando digo reflectirmos, estou a referir-me a todos, até à petrolífera GALP. Embora esteja no mercado para ganhar dinheiro, a GALP, deve assumir uma atitude, senão pedagógica, pelo menos não deseducativa. Vem isto a propósito de um anúncio radiofónico da referida empresa que anuncia a oferta de um “cromo” por uma certa quantidade de combustível adquirido. Até aqui tudo bem mas ridículo vem a seguir. No anúncio um diz: “- Eu todos os dias depois do emprego vou a Bragança só para atestar mais vezes”, o outro não se fica: “-Pois eu vou tantas vezes à bomba que até convidei o empregado para uma festa de aniversário”. Enfim, digamos que a GALP anda com falta de ideias…
A Tabaqueira tem que informar os seus clientes que FUMAR MATA, a GALP devia ensinar aos seus que desperdiçar energia hipoteca o futuro de todos!
Hoje comemora-se o Dia Nacional da Energia. Se não houver outra utilidade para este dia, pelo menos que sirva para reflectirmos sobre a energia, pelo menos aquela que é gasta indevidamente. Mas quando digo reflectirmos, estou a referir-me a todos, até à petrolífera GALP. Embora esteja no mercado para ganhar dinheiro, a GALP, deve assumir uma atitude, senão pedagógica, pelo menos não deseducativa. Vem isto a propósito de um anúncio radiofónico da referida empresa que anuncia a oferta de um “cromo” por uma certa quantidade de combustível adquirido. Até aqui tudo bem mas ridículo vem a seguir. No anúncio um diz: “- Eu todos os dias depois do emprego vou a Bragança só para atestar mais vezes”, o outro não se fica: “-Pois eu vou tantas vezes à bomba que até convidei o empregado para uma festa de aniversário”. Enfim, digamos que a GALP anda com falta de ideias…
A Tabaqueira tem que informar os seus clientes que FUMAR MATA, a GALP devia ensinar aos seus que desperdiçar energia hipoteca o futuro de todos!
24 maio 2006
POR RAZÕES PESSOAIS
Galardoado no passado dia 19 de Maio com o Prémio Camões de 2006, Luandino Vieira vem dizer que não o aceita por "razões pessoais". Estou inteiramente de acordo acerca do direito que o assiste em não querer aceitar o prémio, já sobre as razões por que o faz... O prémio Camões não é propriamente o prémio de uma rifa dos Santos Populares, por isso dizer que não aceita "por razões pessoais", convenhamos que parece menosprezar o galardão. Todos já vimos rejeitar prémios mas dizendo de viva voz por que o fazem (Jean Paul Sartre, Marlon Brando, etc.).
Esperemos que Luandino evoque uma razão plausível. É o mínimo que pode fazer. Se não por respeito ao Prémio Camões, pelo menos, por todos os anteriores galardoados.
Galardoados com o Prémio Camões
1989 - Miguel Torga (Portugal)
1990 - João Cabral de Melo Neto (Brasil)
1991 - José Craveirinha (Moçambique)
1992 - Vergílio Ferreira (Portugal)
1993 - Rachel de Queiroz (Brasil)
1994 - Jorge Amado (Brasil)
1995 - José Saramago (Portugal)
1996 - Eduardo Lourenço (Portugal)
1997 - Artur Carlos M. P. Santos, “Pepetela” (Angola)
1998 - António Cândido (Brasil)
1999 - Sophia de Mello Breyner (Portugal)
2000 - Autran Dourado (Brasil)
2001 - Eugénio de Andrade (Portugal)
2002 - Maria Velho da Costa (Portugal)
2003 - Rubem Fonseca (Brasil)
2004 - Agustina Bessa-Luís (Portugal)
2005 - Lygia Fagundes Telles (Brasil)
2006 - José Luandino Vieira (Angola)
Esperemos que Luandino evoque uma razão plausível. É o mínimo que pode fazer. Se não por respeito ao Prémio Camões, pelo menos, por todos os anteriores galardoados.
Galardoados com o Prémio Camões
1989 - Miguel Torga (Portugal)
1990 - João Cabral de Melo Neto (Brasil)
1991 - José Craveirinha (Moçambique)
1992 - Vergílio Ferreira (Portugal)
1993 - Rachel de Queiroz (Brasil)
1994 - Jorge Amado (Brasil)
1995 - José Saramago (Portugal)
1996 - Eduardo Lourenço (Portugal)
1997 - Artur Carlos M. P. Santos, “Pepetela” (Angola)
1998 - António Cândido (Brasil)
1999 - Sophia de Mello Breyner (Portugal)
2000 - Autran Dourado (Brasil)
2001 - Eugénio de Andrade (Portugal)
2002 - Maria Velho da Costa (Portugal)
2003 - Rubem Fonseca (Brasil)
2004 - Agustina Bessa-Luís (Portugal)
2005 - Lygia Fagundes Telles (Brasil)
2006 - José Luandino Vieira (Angola)
A PRIMEIRA FRASE
Alguém disse um dia que a primeira frase de um livro é a mais importante e a mais difícil de escrever. Se bem escrita, essa única frase, revelará ao leitor o "teor" de toda a obra. Talvez haja, em tudo isto, algum exagero, mas por vezes lembro-me deste dito.
Hoje, num supermercado, não muito longe da secção de verduras, casualmente, peguei no livro “onze minutos” de Paulo Coelho. Abri-o e, como todos fazemos, atirei-me à primeira frase: «Era uma vez uma prostituta chamada Maria. […] Como todas as prostitutas, tinha nascido virgem e inocente...».
Com cuidado, como todos fazemos, fechei-o e voltei a arrumá-lo na prateleira.
Há tempos que ando a prometer a mim próprio ler um livro do Paulo Coelho. Um dia voltarei a tentar…
Hoje, num supermercado, não muito longe da secção de verduras, casualmente, peguei no livro “onze minutos” de Paulo Coelho. Abri-o e, como todos fazemos, atirei-me à primeira frase: «Era uma vez uma prostituta chamada Maria. […] Como todas as prostitutas, tinha nascido virgem e inocente...».
Com cuidado, como todos fazemos, fechei-o e voltei a arrumá-lo na prateleira.
Há tempos que ando a prometer a mim próprio ler um livro do Paulo Coelho. Um dia voltarei a tentar…
20 maio 2006
NÃO AS DEFRAUDEM!
A AZIA DE MÁRIO SOARES
Em tempos, um conhecido árbitro de futebol, hoje romancista e comentador, protagonizou um episódio que ficou famoso. Na arbitragem de um jogo cometeu um erro que terá prejudicado grandemente uma das equipas. Uns dias depois quando um jornalista lhe pediu para comentar o referido lance, embora não o tivesse afirmado literalmente, reconheceu o erro com uma frase que ainda hoje a tribo do futebol usa e, muitas vezes, abusa. Disse ele: “ao ver as imagens da jogada fiquei cá com uma azia!...”
Vem isto a propósito de Mário Soares. Ontem saiu da lura para ir ao Hotel Pestana Palace receber o prémio Dário de Moreira Castro Alves com que o Clube dos Empresários do Brasil homenageia uma personalidade portuguesa ou brasileira que se destaque no esforço em prol da integração dos imigrantes brasileiros em Portugal. A televisão mostrou e todo o país viu que, após o desastre de 22 de Janeiro que deixou Mário Soares com azia, este, continua a padecer desse azedume. Ao contrário do árbitro, quando o jornalista lhe pediu para comentar o resultado de 22 de Janeiro, disse que perder é normal recusando-se a reconhecer ter ficado com azia.
Esperemos que Mário Soares, homem dado às letras, não se lembre de nos obsequiar – como agora parece estar na moda – com um livro onde explique a derrota e ataque os responsáveis.
Vem isto a propósito de Mário Soares. Ontem saiu da lura para ir ao Hotel Pestana Palace receber o prémio Dário de Moreira Castro Alves com que o Clube dos Empresários do Brasil homenageia uma personalidade portuguesa ou brasileira que se destaque no esforço em prol da integração dos imigrantes brasileiros em Portugal. A televisão mostrou e todo o país viu que, após o desastre de 22 de Janeiro que deixou Mário Soares com azia, este, continua a padecer desse azedume. Ao contrário do árbitro, quando o jornalista lhe pediu para comentar o resultado de 22 de Janeiro, disse que perder é normal recusando-se a reconhecer ter ficado com azia.
Esperemos que Mário Soares, homem dado às letras, não se lembre de nos obsequiar – como agora parece estar na moda – com um livro onde explique a derrota e ataque os responsáveis.
17 maio 2006
DIAS DE BRASA
No último número da notícias magazine, Julie Daurel, leva-nos à descoberta do litoral baiano, numa reportagem a que dá o sugestivo nome de "Bahia de todos os sonhos...". O texto é complementado por belas fotos de Nicolas Millet. A viagem começa em Salvador, ou Bahia como os baianos gostam de lhe chamar. A cidade, hoje património da humanidade, a Lisboa dos trópicos, tem a sua origem na colónia fundada por um jovem náufrago Português que aqui aportou no início do século XVI, conseguindo, sabe-se lá por que artes, não ser comido pelos Tupinambás. Até ao século XVIII, a Bahia, centro nevrálgico do comércio da cana-de-açúcar, será a capital do Brasil, perdendo esse título quando o ouro e os diamantes de Minas Gerais começaram a fazer valer a sua importância.
A cidade velha tem sido minuciosamente conservada e renovada e "os turistas serpenteiam as suas ruas calcetadas e íngremes entre a igreja azul do Rosário dos Pretos, construída por e para os escravos, e a igreja de São Francisco, onde os senhores rezavam, sob uma cúpula de ouro, prata, azulejos e jacarandá ". A viagem leva-nos depois ao bairro do Rio Vermelho onde viveu Jorge Amado. Passamos pela Ribeira, saboreamos na sua sorveteria, velha de quase um século, um gelado de noz de coco. Passeamos pela Avenida Beiramar, divisamos, lá ao longe, o arquipélago de Tinharé e acabámos por tomar o barco para Cairu. Deu-se ainda um salto a Boipeba, à lagoa do Cassange, às praias de coqueiros de Saquaíra, aos corais de Taipú de Fora e uma visita à mata atlântica de Ilhéus e Itaceré, que a UNESCO classificou como reserva da biosfera. Finalmente, daremos ainda um pulo à igreja colonial das Descobertas e seguiremos até Santa Cruz de Cabrália, Porto Seguro, Arraial d'Ajuda e Trancoso, frente ao mar que há cinco séculos viu chegar Cabral.
Enquanto vou lendo estas notícias do Paraíso, não posso deixar de pensar nas do Inferno que por estes dias nos vão chegando do mesmo sítio. Como é possível coexistirem Paraíso e Inferno no mesmo local?
Enquanto vou lendo estas notícias do Paraíso, não posso deixar de pensar no riso generoso da Ana, uma baiana de gema, que na grande cozinha da Pousada do Boqueirão prepara as iguarias como só ela sabe... Nestes dias de brasa, o riso generosa da Ana, tê-la-á abandonado...
... Espero que apenas por breves momentos.
A cidade velha tem sido minuciosamente conservada e renovada e "os turistas serpenteiam as suas ruas calcetadas e íngremes entre a igreja azul do Rosário dos Pretos, construída por e para os escravos, e a igreja de São Francisco, onde os senhores rezavam, sob uma cúpula de ouro, prata, azulejos e jacarandá ". A viagem leva-nos depois ao bairro do Rio Vermelho onde viveu Jorge Amado. Passamos pela Ribeira, saboreamos na sua sorveteria, velha de quase um século, um gelado de noz de coco. Passeamos pela Avenida Beiramar, divisamos, lá ao longe, o arquipélago de Tinharé e acabámos por tomar o barco para Cairu. Deu-se ainda um salto a Boipeba, à lagoa do Cassange, às praias de coqueiros de Saquaíra, aos corais de Taipú de Fora e uma visita à mata atlântica de Ilhéus e Itaceré, que a UNESCO classificou como reserva da biosfera. Finalmente, daremos ainda um pulo à igreja colonial das Descobertas e seguiremos até Santa Cruz de Cabrália, Porto Seguro, Arraial d'Ajuda e Trancoso, frente ao mar que há cinco séculos viu chegar Cabral.
Enquanto vou lendo estas notícias do Paraíso, não posso deixar de pensar nas do Inferno que por estes dias nos vão chegando do mesmo sítio. Como é possível coexistirem Paraíso e Inferno no mesmo local?
Enquanto vou lendo estas notícias do Paraíso, não posso deixar de pensar no riso generoso da Ana, uma baiana de gema, que na grande cozinha da Pousada do Boqueirão prepara as iguarias como só ela sabe... Nestes dias de brasa, o riso generosa da Ana, tê-la-á abandonado...
... Espero que apenas por breves momentos.
16 maio 2006
"I LOVE THIS GAME"
Ontem, às oito horas da noite como se impunha, Scolari falou. Começou por dizer umas tretas que não tinham qualquer razão de ser e, de seguida, passou a anunciar os vinte e três que nos representarão na Alemanha. Se a primeira parte da sua intervenção me causou algum espanto, por totalmente deslocada, já a segunda não trouxe qualquer novidade. Aliás, continuo a não entender como ainda há pessoas que esperavam ver o Ricardo Quaresma na selecção - que os treinadores de bancada tivessem ficado estupefactos e revoltados pela sua não inclusão, ainda vá que não vá, mas os jornalistas senhor?!
O seleccionador fez o que devia ser feito. O futebol é, ao contrário do que muita gente pensa, um desporto colectivo. Como tal, a equipa não vale pelas suas estrelas, individualmente consideradas, mas pelo seu todo. O Ricardo Quaresma, detentor de uma técnica fabulosa que leva ao delírio estádios inteiros, fazendo com que adeptos e adversários se rendam à sua magia, não pode, ainda por cima diante de todo o país, chamar filho da puta a um colega de profissão que, passado menos de um mês, iria encontrar na sua equipa.
Quando no passado dia vinte e dois de Abril, Scolari ligou a TV e viu como na varanda do estádio do Dragão o F. C. Porto festejava a recente vitória no campeonato, terá pegado na lista de convocados e riscado o nome de Ricardo Quaresma.
Espero, esperamos todos, que este triste episódio tenha servido de exemplo ao jovem jogador. Que tenha servido, pelo menos, para o fazer crescer. Se assim for a selecção terá, com certeza, muito a ganhar com ele. Se assim não for... teremos, pelo menos, outra novela!
Os vinte e três do Scolari são os nossos vinte e três!
Viva a Selecção!
O seleccionador fez o que devia ser feito. O futebol é, ao contrário do que muita gente pensa, um desporto colectivo. Como tal, a equipa não vale pelas suas estrelas, individualmente consideradas, mas pelo seu todo. O Ricardo Quaresma, detentor de uma técnica fabulosa que leva ao delírio estádios inteiros, fazendo com que adeptos e adversários se rendam à sua magia, não pode, ainda por cima diante de todo o país, chamar filho da puta a um colega de profissão que, passado menos de um mês, iria encontrar na sua equipa.
Quando no passado dia vinte e dois de Abril, Scolari ligou a TV e viu como na varanda do estádio do Dragão o F. C. Porto festejava a recente vitória no campeonato, terá pegado na lista de convocados e riscado o nome de Ricardo Quaresma.
Espero, esperamos todos, que este triste episódio tenha servido de exemplo ao jovem jogador. Que tenha servido, pelo menos, para o fazer crescer. Se assim for a selecção terá, com certeza, muito a ganhar com ele. Se assim não for... teremos, pelo menos, outra novela!
Os vinte e três do Scolari são os nossos vinte e três!
Viva a Selecção!
11 maio 2006
BLANQUETTE
A nossa ministra da educação tem andado num afã tremendo desde que assumiu a pasta há já mais de um ano.
Uma das criações pela qual será, com certeza, lembrada é a das "famigeradas" aulas de substituição. Tendo tomado posse pouco tempo antes de terminar o ano lectivo de 2004/05, numa altura em que todas as decisões sobre o ano lectivo seguinte estariam já amadurecidas e prontas a serem implementadas, a ministra, decide fazer tábua rasa de tudo isso e num Verão verdadeiramente frenético toca a fazer tudo de novo. A nossa ministra da educação é, não o duvido, uma pessoa trabalhadora, de espírito livre e que não recua perante as dificuldades. Mas nem sempre isso chega. Por vezes, em doses excessivas, pode revelar-se, até, contraproducente. A ministra não terá pesado todas as implicações que a implementação do sistema teria. Desgraçadamente, também não se terá aconselhado com quem devia, de modo que, na ânsia de começar a conferir à educação o seu cunho pessoal lança atabalhoadamente o sistema. Sem uma experimentação prévia e mal pensado, o sistema nunca funcionou. Os professores, sentindo que tudo foi feito contra eles, nunca o adoptaram. Os alunos, não ganhando nada com isso, muito menos. Quase um ano lectivo depois, embora não o admitindo, a ministra vem reconhecer que talvez tenha havido precipitação e decide mudar as regras do jogo. Agora o professor que vai faltar tem de deixar o plano da aula ao professor que o vai substituir. Se o não fizer arrisca-se a levar uma falta injustificada. Enfim, continua a ameaçar-se os professores e a decidir-se em cima do joelho. Não será necessário outro ano lectivo para verificar da nula utilidade das novas mudanças. Então, alegremente, levada pelo instinto, a ministra mudará o rumo. . Temo que daqui a menos de um ano a ministra conclua que este não é, ainda, o sistema ideal e, atabalhoadamente, queira desencantar mais um despacho que mude tudo outra vez. Só que pode ser já demasiado tarde...
Tudo isto me faz lembrar a história da cabra do senhor Seguin, contada por Alphonse Daudet nas "Cartas do meu moinho". Blanquette, era uma bela cabrinha de sedosa pelagem branca que amava a liberdade. Apesar de ter uma bela vida na quinta do senhor Seguin, no verdejante vale do Ródano, olhava para o horizonte e sentia o apelo das montanhas distantes. Até que uma manhã, apesar dos esforços em contrário do dono, Blanquette fugiu. Durante todo o dia andou alegre, correndo pela montanha, guiada pelo instinto, inebriada pelos mil cheiros e sabores das plantas que nunca tinha visto. Ao cair da noite a cabrinha pressente o perigo. Podia ainda regressar à segurança da quinta mas lembrando-se que voltaria a ser amarrada ao poste, atira para longe esse pensamento, vira-se e enfrenta corajosamente o lobo. Lutará com ele toda a noite mas ao alvorecer o lobo lançar-se-á, finalmente, sobre ela e comê-la-á. A tristeza assola a alma do senhor Seguin: como todas as anteriores, também blanquette foi comida pelo lobo.
A história não o diz, mas o senhor Seguin recomeçará tudo. Levará para a quinta outra cabrinha e, como sempre, fará tudo o que pode para que ela lá permaneça. De início pensará: "Finalmente acertei, esta ficará comigo para sempre!"... Mas quem sabe... um dia pode olhar para as montanhas e sentir o seu apelo...
Uma das criações pela qual será, com certeza, lembrada é a das "famigeradas" aulas de substituição. Tendo tomado posse pouco tempo antes de terminar o ano lectivo de 2004/05, numa altura em que todas as decisões sobre o ano lectivo seguinte estariam já amadurecidas e prontas a serem implementadas, a ministra, decide fazer tábua rasa de tudo isso e num Verão verdadeiramente frenético toca a fazer tudo de novo. A nossa ministra da educação é, não o duvido, uma pessoa trabalhadora, de espírito livre e que não recua perante as dificuldades. Mas nem sempre isso chega. Por vezes, em doses excessivas, pode revelar-se, até, contraproducente. A ministra não terá pesado todas as implicações que a implementação do sistema teria. Desgraçadamente, também não se terá aconselhado com quem devia, de modo que, na ânsia de começar a conferir à educação o seu cunho pessoal lança atabalhoadamente o sistema. Sem uma experimentação prévia e mal pensado, o sistema nunca funcionou. Os professores, sentindo que tudo foi feito contra eles, nunca o adoptaram. Os alunos, não ganhando nada com isso, muito menos. Quase um ano lectivo depois, embora não o admitindo, a ministra vem reconhecer que talvez tenha havido precipitação e decide mudar as regras do jogo. Agora o professor que vai faltar tem de deixar o plano da aula ao professor que o vai substituir. Se o não fizer arrisca-se a levar uma falta injustificada. Enfim, continua a ameaçar-se os professores e a decidir-se em cima do joelho. Não será necessário outro ano lectivo para verificar da nula utilidade das novas mudanças. Então, alegremente, levada pelo instinto, a ministra mudará o rumo. . Temo que daqui a menos de um ano a ministra conclua que este não é, ainda, o sistema ideal e, atabalhoadamente, queira desencantar mais um despacho que mude tudo outra vez. Só que pode ser já demasiado tarde...
Tudo isto me faz lembrar a história da cabra do senhor Seguin, contada por Alphonse Daudet nas "Cartas do meu moinho". Blanquette, era uma bela cabrinha de sedosa pelagem branca que amava a liberdade. Apesar de ter uma bela vida na quinta do senhor Seguin, no verdejante vale do Ródano, olhava para o horizonte e sentia o apelo das montanhas distantes. Até que uma manhã, apesar dos esforços em contrário do dono, Blanquette fugiu. Durante todo o dia andou alegre, correndo pela montanha, guiada pelo instinto, inebriada pelos mil cheiros e sabores das plantas que nunca tinha visto. Ao cair da noite a cabrinha pressente o perigo. Podia ainda regressar à segurança da quinta mas lembrando-se que voltaria a ser amarrada ao poste, atira para longe esse pensamento, vira-se e enfrenta corajosamente o lobo. Lutará com ele toda a noite mas ao alvorecer o lobo lançar-se-á, finalmente, sobre ela e comê-la-á. A tristeza assola a alma do senhor Seguin: como todas as anteriores, também blanquette foi comida pelo lobo.
A história não o diz, mas o senhor Seguin recomeçará tudo. Levará para a quinta outra cabrinha e, como sempre, fará tudo o que pode para que ela lá permaneça. De início pensará: "Finalmente acertei, esta ficará comigo para sempre!"... Mas quem sabe... um dia pode olhar para as montanhas e sentir o seu apelo...
09 maio 2006
EUROPA: À ESPERA DE VISIONÁRIOS.
A Europa é, desde há mais de vinte séculos, o farol do mundo. Perdoem-me aqueles que dizem que essa função se deslocou, definitivamente, para outras paragens. Contraponho que duas gerações de liderança, não são tempo suficiente para que se tirem conclusões definitivas sobre tão importante matéria.
Vinte séculos depois a Europa tem ainda vitalidade suficiente para nos surpreender. Para surpreender o mundo, diria. Ninguém mais no mundo está preparado para se unir como fizeram, há cinquenta anos, seis países da Europa que depois passaram a nove e depois a dez e depois a doze e depois a quinze e depois a vinte e cinco e ninguém sabe ainda quando parará esta jornada.
- Quem mais no mundo estaria preparado para abolir, literalmente, as fronteiras?
- Quem mais no mundo estaria preparado para abdicar da sua moeda em troca de uma moeda única?
- Quem mais no mundo estaria preparado para abdicar da tomada de decisões para as transferir para a união?
- Quem mais no mundo estaria preparado para repartir os seus recursos com os seus vizinhos mais necessitados, ajudando-os no seu desenvolvimento?
Atrevo-me a responder: - Ninguém!
Hoje é o Dia da Europa. Esta é a minha singela homenagem àqueles que tiveram uma certa ideia "utópica" de Europa e que a conseguiram materializar: Robert Schuman, Jacques Delors, François Miterrand, Helmut Kohl,... À sua maneira todos foram visionários e tem sido com eles que esta bela ideia tem avançado.
Talvez que a Europa não avance propriamente em passo de peregrino mas tem alternado as eras de avanço com as de estagnação. Dir-me-ão que são necessárias para assimilar todas as modificações mas do que não restam dúvidas é que a Europa avança quando surgem os visionários.
Hoje todos eles morreram ou estão retirados.
A Europa espera os próximos.
Vinte séculos depois a Europa tem ainda vitalidade suficiente para nos surpreender. Para surpreender o mundo, diria. Ninguém mais no mundo está preparado para se unir como fizeram, há cinquenta anos, seis países da Europa que depois passaram a nove e depois a dez e depois a doze e depois a quinze e depois a vinte e cinco e ninguém sabe ainda quando parará esta jornada.
- Quem mais no mundo estaria preparado para abolir, literalmente, as fronteiras?
- Quem mais no mundo estaria preparado para abdicar da sua moeda em troca de uma moeda única?
- Quem mais no mundo estaria preparado para abdicar da tomada de decisões para as transferir para a união?
- Quem mais no mundo estaria preparado para repartir os seus recursos com os seus vizinhos mais necessitados, ajudando-os no seu desenvolvimento?
Atrevo-me a responder: - Ninguém!
Hoje é o Dia da Europa. Esta é a minha singela homenagem àqueles que tiveram uma certa ideia "utópica" de Europa e que a conseguiram materializar: Robert Schuman, Jacques Delors, François Miterrand, Helmut Kohl,... À sua maneira todos foram visionários e tem sido com eles que esta bela ideia tem avançado.
Talvez que a Europa não avance propriamente em passo de peregrino mas tem alternado as eras de avanço com as de estagnação. Dir-me-ão que são necessárias para assimilar todas as modificações mas do que não restam dúvidas é que a Europa avança quando surgem os visionários.
Hoje todos eles morreram ou estão retirados.
A Europa espera os próximos.
07 maio 2006
EXTRAORDINÁRIO CONGRESSO DO CDS
Felisberta Cabrinha é jornalista. Como todos os jornalistas, Felisberta tem a sua carteira de informadores a que recorre sempre que necessário. Hoje vai escrever sobre o Congresso do CDS mas ainda não decidiu como irá titular o artigo: se "Congresso Extraordinário do CDS" se "Extraordinário Congresso do CDS". A dúvida tem a ver com o que o informador lhe contou: o Congresso, convocado extraordinariamente pelo líder, tinha o seu início marcado para as 10 horas da manhã, mas, a essa hora, apenas tinha chegado um congressista - embora o informador lhe tenha dito que era um betinho com pretensões de liderar o partido, Cabrinha não utilizará essa informação.
Uma hora depois, tinham chegado mais quatro delegados. Eram agora cinco no total, se não nos esquecermos do dito betinho.
Mais uma hora se passa e chegamos ao meio-dia. Agora já são mais alguns congressistas na sala, mas, mesmo assim, ainda não seriam suficientes para ocupar todos os lugares que no parlamento estão destinados aos deputados do PSD. Não há ainda quorum por isso esperarão mais meia hora. Finalmente, às 12,30, com a sala já composta - duzentos e cinquenta delegados ao que consta -, tem início o congresso.
- Mas afinal - pergunta Felisberta -, quantos congressistas estavam na sala ao meio-dia?
- Isso não consegui apurar - respondeu o informador -, apenas consegui saber que a média das idades dos congressistas, que nesse momento se encontravam na sala, era de 45,54 anos.
Há por aí alguém que consiga responder à Felisberta? Caso contrário o seu artigo não será totalmente elucidativo para os leitores.
Em tempos deixei aqui outro problema deste género (PORTUGAL 2025). Como até hoje não obtive qualquer resposta, volto à carga.
Uma hora depois, tinham chegado mais quatro delegados. Eram agora cinco no total, se não nos esquecermos do dito betinho.
Mais uma hora se passa e chegamos ao meio-dia. Agora já são mais alguns congressistas na sala, mas, mesmo assim, ainda não seriam suficientes para ocupar todos os lugares que no parlamento estão destinados aos deputados do PSD. Não há ainda quorum por isso esperarão mais meia hora. Finalmente, às 12,30, com a sala já composta - duzentos e cinquenta delegados ao que consta -, tem início o congresso.
- Mas afinal - pergunta Felisberta -, quantos congressistas estavam na sala ao meio-dia?
- Isso não consegui apurar - respondeu o informador -, apenas consegui saber que a média das idades dos congressistas, que nesse momento se encontravam na sala, era de 45,54 anos.
Há por aí alguém que consiga responder à Felisberta? Caso contrário o seu artigo não será totalmente elucidativo para os leitores.
Em tempos deixei aqui outro problema deste género (PORTUGAL 2025). Como até hoje não obtive qualquer resposta, volto à carga.
06 maio 2006
NAVALHA ROMBA
Periodicamente, Clara Pinto Correia escreve no 24 Horas, mantendo uma coluna a que dá o sugestivo nome de "O fio da navalha". Na última Sexta-feira verteu lá uma prosa que de tão prodigiosa decidi transcrevê-la para que, eventualmente, mais alguns possam ter a oportunidade de lê-la. Dizia assim:
Fui a um congresso ao Algarve. Como a função metia fim-de-semana prolongado em hotel com praia e piscina, além de muitos outros daqueles entretenimentos de que a juventude gosta, incluindo até karaoke, resolvi levar os meus rapazes. E claro que houve outros colegas que tiveram a mesma ideia. Chegámos tarde, noite fechada, mesmo prontos a cair mortos na cama, eu com uma boa dose de vodka e eles com uma boa dose de televisão. No dia seguinte, o cenário não podia ser mais promissor: céu azul, sol a brilhar, mar a perder de vista, voos de gaivotas, a piscina convidativa mesmo debaixo das nossas varandas, as falésias cintilantes na luz da manhã. Eu fui trabalhar e eles atiraram-se com unhas e dentes à tarefa séria de se divertirem até não poderem mais. E assim foi que comecei logo a ouvir umas conversas, cada vez mais intensas, sobre duas meninas que não paravam de olhar para eles. A certa altura, no bar, mostraram-me as tais meninas – e juravam a pés juntos que, de cada vez que eles passavam, elas olhavam. No dia seguinte, dei eu um salto à piscina e às tantas vi as tais meninas a falar com uma colega do congresso. Quando elas se afastaram, não resisti a perguntar-lhe quem elas eram. “São minhas filhas,” disse ela. E depois acrescentou, com um ar divertido: “Por acaso, olhe... estão sempre a dizer que os seus filhos não param de olhar para elas!”
Desculpe, Clara, mas depois de ler esta pérola fiquei deveras curioso:
- Pagam-lhe por escrever estas coisas?
Fui a um congresso ao Algarve. Como a função metia fim-de-semana prolongado em hotel com praia e piscina, além de muitos outros daqueles entretenimentos de que a juventude gosta, incluindo até karaoke, resolvi levar os meus rapazes. E claro que houve outros colegas que tiveram a mesma ideia. Chegámos tarde, noite fechada, mesmo prontos a cair mortos na cama, eu com uma boa dose de vodka e eles com uma boa dose de televisão. No dia seguinte, o cenário não podia ser mais promissor: céu azul, sol a brilhar, mar a perder de vista, voos de gaivotas, a piscina convidativa mesmo debaixo das nossas varandas, as falésias cintilantes na luz da manhã. Eu fui trabalhar e eles atiraram-se com unhas e dentes à tarefa séria de se divertirem até não poderem mais. E assim foi que comecei logo a ouvir umas conversas, cada vez mais intensas, sobre duas meninas que não paravam de olhar para eles. A certa altura, no bar, mostraram-me as tais meninas – e juravam a pés juntos que, de cada vez que eles passavam, elas olhavam. No dia seguinte, dei eu um salto à piscina e às tantas vi as tais meninas a falar com uma colega do congresso. Quando elas se afastaram, não resisti a perguntar-lhe quem elas eram. “São minhas filhas,” disse ela. E depois acrescentou, com um ar divertido: “Por acaso, olhe... estão sempre a dizer que os seus filhos não param de olhar para elas!”
Desculpe, Clara, mas depois de ler esta pérola fiquei deveras curioso:
- Pagam-lhe por escrever estas coisas?
05 maio 2006
PARA TODAS AS MÃES
Socorro-me de quem diz as coisas melhor do que eu digo para desejar a todas as mães 365 dias da mãe em cada ano.
CORREIO
Carta de minha Mãe.
Quando já nenhum Proust sabe de enredos,
A sua letra vem
A tremer-lhe nos dedos.
- "Filho"...
E o que a seguir se lê
É de uma tal pureza e de um tal brilho,
Que até da minha escuridão se vê.
Miguel Torga, Diário II
04 maio 2006
"TIQUES" DE DESENVOLVIMENTO
Em Portugal o mercado de animais de companhia não pára de crescer e representa já um volume de negócios de duzentos milhões de euros anuais. Enquanto a economia desde há três ou quatro anos anda roçando o limiar de recessão, este mercado tem subido acima dos dez por cento ao ano.
Marcas de luxo como "Gucci" e "Ágata Ruiz de la Prada", olham para estes apetecíveis nichos de mercado e criam linhas de acessórios e produtos de beleza especialmente direccionados para animais e acessíveis apenas a pessoas de elevado poder de compra.
Enquanto um cão com pedigree pode custar € 800.00 e um gato com uma árvore genealógica recomendável chega a vender-se a € 1 000.00, uma percentagem considerável de portugueses, vai (sobre)vivendo, indigentemente. Oitenta e cinco por cento dos pensionistas da nossa Segurança Social recebem até € 374.00. Paralelamente, alguns gastam rios de dinheiro em ridículos artefactos para animais...
Senhoras e senhores, eis o verdadeiro mundo cão!
Marcas de luxo como "Gucci" e "Ágata Ruiz de la Prada", olham para estes apetecíveis nichos de mercado e criam linhas de acessórios e produtos de beleza especialmente direccionados para animais e acessíveis apenas a pessoas de elevado poder de compra.
Enquanto um cão com pedigree pode custar € 800.00 e um gato com uma árvore genealógica recomendável chega a vender-se a € 1 000.00, uma percentagem considerável de portugueses, vai (sobre)vivendo, indigentemente. Oitenta e cinco por cento dos pensionistas da nossa Segurança Social recebem até € 374.00. Paralelamente, alguns gastam rios de dinheiro em ridículos artefactos para animais...
Senhoras e senhores, eis o verdadeiro mundo cão!
02 maio 2006
SÉRGIO SANTIMANO
O "Norteshoping" tem 3 pisos de estacionamento. Um deles tem a particularidade de se situar, literalmente, na cobertura do edifício. O arquitecto Eduardo Souto Moura imaginou uma peculiar forma de aceder ao referido estacionamento. Idealizou um cilindro com uma dupla hélice na sua superfície lateral: por uma sobe-se; pela outra desce-se. O interior do cilindro foi aproveitado para um espaço cultural: "Silo". Um belo e monumental espaço cultural, diga-se em abono da verdade, premiado - Prémio de Opinião - pela FAD (Foment de les Arts Decoratives) de Barcelona.
As paredes interiores foram cobertas com tijolo burro e o pé direito com cerca de uma dúzia de metros confere-lhe a monumentalidade que atrás referi.
Até ao dia 7 de Maio lá estará patente uma mostra de fotografia de Sérgio Santimano, um fotógrafo que nasceu e cresceu em Moçambique, ainda que com ascendência Goesa, e vive, presentemente, na Suécia.
A mostra retrata diversas facetas da vida em Moçambique: os tempos da guerra, a aprendizagem da paz, a ilha de Moçambique...
A reprodução aqui exibida refere-se a uma das fotografias expostas. Pelo seu significado foi uma das que mais gostei. Melhor que a fotografia só mesmo o título que Sérgio Santimano lhe deu: auto-retrato.
As paredes interiores foram cobertas com tijolo burro e o pé direito com cerca de uma dúzia de metros confere-lhe a monumentalidade que atrás referi.
Até ao dia 7 de Maio lá estará patente uma mostra de fotografia de Sérgio Santimano, um fotógrafo que nasceu e cresceu em Moçambique, ainda que com ascendência Goesa, e vive, presentemente, na Suécia.
A mostra retrata diversas facetas da vida em Moçambique: os tempos da guerra, a aprendizagem da paz, a ilha de Moçambique...
A reprodução aqui exibida refere-se a uma das fotografias expostas. Pelo seu significado foi uma das que mais gostei. Melhor que a fotografia só mesmo o título que Sérgio Santimano lhe deu: auto-retrato.
01 maio 2006
DIA DO TRABALHADOR
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