
Nada como ter o poeta à mão. Dizem aquilo que queremos dizer mas com as palavras certas.
Beijos e abraços para todos que cá vierem e, já agora, um bom ano.
Beijos e abraços para todos que cá vierem e, já agora, um bom ano.
poema completo [aqui]

Na admirável obra “Memórias de Adriano”, Margarite Yourcenar, apresenta-nos um imperador próximo da gente comum, atacado pelas mesmas fraquezas que atormentam a gente anónima. Tendo recebido imensos territórios do seu antecessor Trajano, Adriano, suspende a sanha conquistadora do antepassado e dedica parte da sua vida a solidificar as conquistas recentes.
Nos últimos trinta anos a educação tem sido entregue, ora a românticos, ora a fracos. Quando se pensava que a pasta tinha encontrado, finalmente, o dono certo, eis que entra em cena uma equipa de aventureiros que, de educação, parece não entenderem muito mais do que aquilo que lhes ficou de umas leituras apressadas. E desastre após desastre, três anos depois, a parte do edifício que ainda continuava de pé, acaba de ruir.
liderança e gestão em 5 lições [5.ª Lição]
liderança e gestão em 5 lições [4.ª Lição]
liderança e gestão em 5 lições [2.ª Lição]
Ontem, chamada, salvo erro, pelos bloquistas, a ministra da educação foi, mais uma vez, ao parlamento. Confesso que me começa a faltar a pachorra para aturar as cretinices da senhora, mas, de relance, dei uma vista de olhos na meia dúzia de segundos que um dos canais dedicou ao assunto no jornal das oito. Apesar do interesse fugidio que dediquei ao acontecimento houve três pormenores que retive: o primeiro foi o semblante carregado da senhora que aquela indumentária de corvo, em nada favorecia. Devia despedir o assessor de imagem. A segunda tem a ver com o tempo verbal empregue numa afirmação “estarei totalmente aberta à discussão…”. Devo referir que este “estarei”, não se refere ao amanhã, nem sequer ao próximo mês, refere-se, isso sim, ao próximo ano ou aos próximos anos. Ouvir esta afirmação causou-me uma impressão horrível. Imaginar esta ministra, acolitada por aqueles dois mostrengos, nos próximos anos, a continuar a fazer o trabalho medonho que tem feito até agora. A quem não passou despercebido este “estarei”, devia ter passado pela mesma experiência pavorosa. Deus nos livre de tal provação. A terceira tem mais a ver com o conteúdo da mensagem. Uma mensagem, pelo menos, imbecil, que demonstra à saciedade as intenções destes senhores: “O modelo pode ser corrigido mas primeiro tem de ser aplicado”. Quando a ministra, enfrentando os parlamentares da nação, faz uma afirmação destas, acaba de esvaziar qualquer resquício de credibilidade que poderia ainda conter.
Há dois temas sobre os quais todo o português que se preze tem sempre opinião. Definitiva opinião, diga-se. É sobre futebol e sobre o tempo (ando fodido dos ossos!.. Humm, o tempo vai mudar). Há depois outros temas, que podemos considerar sazonais, que ocupam, por prazos mais ou menos longos, consoante o ruído do assunto, as conversas dos indígenas. Actualmente falamos de educação.
Nestes dias de chumbo que se vivem nas escolas públicas, socorro-me de Al-Mu'tamid