07 março 2008

PARA TODAS... MENOS PARA UMA!


Por vezes, no meio dos montes de mensagens cretinas que os meus queridos amigos enviam para a minha caixa de correio electrónico, lá vem uma ou outra que me desperta a atenção. O Carlos Pires, um amigo que vejo apenas uma vez por ano quando, à mesa, recordamos os bons velhos tempos de estudante, enviou-me, atrevo-me a dizer, uma das mais belas loas que um homem pode tecer a uma mulher. Talvez que há vinte anos – se já houvesse correio electrónico, claro está –, o Pires não ma tivesse enviado ou eu não a tivesse apreciado sobremaneira, mas hoje, quando a idade já me permite apreciar o mundo em todos – ou quase todos – os seus matizes, reconheço: gostei e faço minhas as palavras do anónimo que as escreveu.
Neste dia oito de Março, partilho com todas as mulheres esse texto de que tanto gostei… com todas não, com todas menos uma! Só não digo quem porque teria logo a polícia à perna a fazer-me perguntas a que, talvez, nem soubesse responder.




CUIDEM-NO! CUIDEM-SE! AMEM-SE!



Não importa quanto pesa.
É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.
Saber o seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.

Não temos a menor ideia de qual seja o seu manequim.
A nossa avaliação é visual. Isso quer dizer: se tem forma de guitarra... está bem!
Não nos importa quanto medem em centímetros – é uma questão de proporções, não de medidas.

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheiinhas, femininas....
Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fracção de segundo.
As muito magrinhas que desfilam nas passereles seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays, odeiam as mulheres, e competem com elas .
As suas modas são rectas e sem formas. Agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.

Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.
A elegância e o bom trato são equivalentes a mil viagras.

A maquilhagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem!
Para andar de cara lavada, basta a nossa.
Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.

As saias foram inventadas para mostrar as suas magníficas pernas.
Por que razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam connosco?
Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras, e pronto!
Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão, e eu reitero: nós gostamos assim!
Ocultar essas formas é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréctica, bulímica e nervosa logo procura uma amante cheiinha, simpática, tranquila e cheia de saúde.

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós, e não a vocês, porque nunca terão uma referência objectiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.
Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.

As jovens são lindas... mas as de 30 para cima, são verdadeiros pratos fortes.
Por Karina Mazzocco, Eva Longaria, Angelina Jolie ou Demi Moore - ou Jessica Alba, digo eu -, somos capazes de atravessar o Atlântico a nado.
O corpo muda... cresce.
Não podem pensar, sem ficarem psicóticas, que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18.
Entretanto, uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento, ou está-se autodestruindo.

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir a sua vida com equilíbrio e sabem controlar a sua natural tendência à culpa.
Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade – a dieta virá em Maio, não antes –; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade - não se sabota e não sofre -; quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tiram a beleza.
São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não estiveram anos em formol, nem em SPA’s. Viveram!
O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, mimados e nós, sem querer, enchemo-los de estrias, de esárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.

Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!
A beleza é tudo isto. Tudo junto!

2 comentários:

a d´almeida nunes disse...

Viva, caro amigo Carlos Ponte
Como é possível ter deixado passar este tema sem um comentário, a tempo e horas, interrogo-me eu?
Que pena as mulheres não poderem, nalguns casos, não quererem, noutros, apresentarem-se na passerelle da vida
da maneira como o meu amigo descreve no seu texto!
Que pena, nós, os homens, sermos tão burros, brutos, estúpidos, que nos esquecemos de amar, descontraidamente...sem pretendermos que a mulher que escolhemos para nos acompanhar neste trilho sinuoso da vida, se nos apresente sempre bonita, animada, qual manequim sempre sorridente e disponível. E nós? Fazemos da vida, nossa e da mulher que um dia jurámos não abandonar, na doença ou na saúde, na alegria ou no sofrimento, um instrumento da nossa arrogância e de desvarios sem retorno?
...etc (tanta coisa que se tinha para acrescentar!...)
Um grande abraço
António

Citadino Kane disse...

Carlos,
Faço minhas as palavras do amigo António.
Adorei o texto!
Abraços meu amigo,
Pedro