14 junho 2008

O FANTASMA DE MOURINHO

Uns dias antes do início do Euro’2008, a SIC decidiu “presentear-nos” com reportagens sobre o que cada um dos elementos da rapaziada que nos representaria na Suiça e, eventualmente, na Áustria, é, na intimidade, ou, no aconchego do lar, digamos. Talvez por falta de assunto, as reportagens revelaram-se, de um modo geral, pobrezinhas. Giravam sempre pelo trinómio: casas; carros; calinadas, – este pessoal da bola não deixa os créditos por mãos alheias: é pontapé na bola e na gramática. Por vezes, no meio de toda aquela mediocridade, lá vinha um pormenor um pouquinho mais interessante como aquele das flores para a senhora Scolari. Luís Felipe, ao que me consta, mora ali para os lados de Sintra. Um dia, durante as suas lides domésticas, parou na frutaria. Depois de receber pelos tomates e pelas cebolas, a dona da frutaria entregou um ramo de flores ao técnico: - são para oferecer à sua senhora! – disse. O sargentão ficou visivelmente agradado com o gesto, agradeceu, e, meio a brincar, foi dizendo que diria à esposa que tinha sido ele a comprá-las.
Vem este episódio a propósito das últimas notícias que dizem que Luís Felipe Scolari vai, já no início de Julho, para o Chelsea. Faz mal! Faz mal por duas razões: primeiro porque sobre aquele clube continua – e continuará por muitos anos, espero – a pairar o fantasma de Mourinho (aquela colectividade está no bom caminho para se tornar um cemitério de treinadores) e em segundo lugar porque no chique bairro de Chelsea, por certo, não encontrará ninguém que lhe ofereça flores para levar à esposa.

2 comentários:

Tozé Franco disse...

ESpero bem que não lhas ofereçam.
Não me paece correcto fazer dele uma oferta de outrém.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Peço desculpa pela acento em outrem e pela falta do r em parece.
Um abraço.