21 fevereiro 2010

O SERMÃO DAS 3 VERDADES

Quando, na última Quinta-feira à hora do Benfica, vi o primeiro-ministro na televisão proferir o sermão das três verdades, confesso que, tendo-o visto, não o ouvi. Olhava e via o José Sócrates numa posição nada consentânea com a dignidade das funções que desempenha, na televisão também, mas a tentar explicar as incongruências do seu manhoso percurso académico e recordava as irregularidades mal explicadas do aterro da Cova da Beira e as casinhas da Guarda que ele diz serem dele e os donos desmentem e as monstruosidades que se cometeram em todo o processo de lançamento e aprovação do Freeport e voltei a ver o homem na televisão, com ar de celerado, vociferar que tudo não passava de uma campanha negra – Não me calarão!, dizia - e as indignidades do caso TVI e a rede de pessoas, a que outros chamaram polvo, que sem qualquer preparação, sem carácter e sem honra, apenas movidos por uma doentia ambição, se move ao redor de todos estes casos...
Lembrei-me de tudo isto e veio-me à memória o canto do poeta:

[...]
que eu voo por toda a parte mas noutro horizonte
e vivo as coisas simples e rio-me da ambição
e ao fim de tanto ver, escolherei um monte
de onde assistirei, sorrindo, ao vosso enfarte

[...]

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