18 abril 2007

QUASE TUDO FLORIDO

Ligo a televisão: Na América um celerado entra pelo dormitório da Universidade da Virgínia e assassina trinta e dois inocentes, suicidando-se de seguida. Fecho a televisão.
Abro o jornal: O único trabalho escrito que o aluno José Sócrates apresentou na disciplina de Inglês Técnico na Universidade Independente, foi um texto dactilografado em duas folhas A4, enviadas por fax para o Reitor e acompanhadas de uma mensagem escrita em papel timbrado da Secretaria de Estado do Ambiente. Tudo isto já depois de ter o diploma do curso. Fecho o jornal.
Abro a porta e saio. Ao deliciar-me com todos os aromas que, por estes dias, a Primavera, em todo o seu esplendor, traz até mim, vem-me à memória a prosa de Miguel Torga: "Tudo florido. Aqui, na verdade, as coisas renascem. Se não fosse o coração da minha mãe, a teimar que não, dir-se-ia que a vida não tem fim nestas alturas."


P.S. O Pedro voltou. Ainda bem, pois estávamos com saudade da sua prosa. De qualquer modo nenhum dos seus indefectíveis acreditaria que ele se conseguia manter por mais de 15 dias longe do teclado - e dos amigos, já agora!

3 comentários:

Tozé Franco disse...

O mundo anda louco. Valha-nos a natureza.

Anónimo disse...

Este post revela o teu lado positivo, de teimar sempre em ver a face mais luminosa. Para quem não te conhece é bom que se diga que esse optimismo revela-se no teu modo de estar e contagia quem partilha o trabalho contigo. És um bom antídoto para alguns espíritos mais bolorentos que sempre grassam por aí…
Beijos
Helena Guerreiro

olho_azul disse...

O mundo anda louco, como diz o tozé Franco, mas também anda animado. Em especial o nosso país com tanto filme à volta do Sócrates!
Talvez seja a Primavera que "ataca" não só os garotos, como os adultos em geral.
Um abraço!