12 dezembro 2006

SESSÃO DE POESIA

"Tendo problemas de flatulência [...] de vez em quando descuidava-se [...] em cerimónias oficiais, levando-me a acender, de imediato, um cigarro para disfarçar o odor."
in, Eu, Carolina, Carolina Salgado

Consigo imaginar o ambiente numa das famosas sessões de declamação de poesia em que o homem diz participar. Será cada verso cada peido. E os circunstantes, embevecidos, sem notarem sequer aquela atmosfera espessa e pesada, ovacionam-no no fim. O declamante curva-se perante a assistência e aproveita o ruído para largar mais um, agora ruidoso, que o ambiente permite-o.

4 comentários:

João Moutinho disse...

Vou a um casório.
No entanto, quando falar de Bahá'í alguém em Viana há de saber quem é o tal de João Moutinho.
Às vezes vou à praça central onde se juntam os gigantones nas festas da agonia.

Tozé Franco disse...

Havia um que passava o tempo todo com flatulências mas vivia descansado porque, dizia ele, não cheiravam mal.
Um dia foi ao médico, porque já eram flatulências a mais (o que vale é que não cheiravam mal!), e quando lhe perguntou se era grave, depois de mais um real foguetório no consultório, o médico simplesmente respodeu-lhe que o ia operar ao nariz, pois era aí que residia o principal problema.
Só me falta saber se a companheira se chamava carolina!...
Um abraço.

Citadino Kane disse...

Carlos,
Aqui o povo gosta de apelidos.
Já teria alguém chamado para o tal - "Poeta-peidão".

Anónimo disse...

Portugal é um país de morrer a rir: o seu último best-seller é um escrito que elege, como um dos seus assuntos principais, o acto de expelir ventosidades, com escrépito, pelo ânus, vulgo, peidar! Ora, como todos sabemos, o peido não tem assunto; tem quanto muito, mau cheiro, aca, fedor. Chega o pivete ao PGR. Este, em vez de mandar abrir as janelas, para arejar, trata de lê-lo, "é para isso que me pagam!" No que é aplaudido por vários pensadores da praça. O que só se pode entender, se considerarmos que estão habituados a ambientes de maus odores. Devia tê-lo lido o tanas! Mesmo que tenha coisas que mereçam ser investigadas. Se assim é, devolvia-o primeiro à procedência, com obrigação de o autor lhe retirar toda a fedença. De seguida, colocava-o na gaiola do canário. Saindo o bicho vivo da empresa, pegava então nele; mas sempre com detergente à mão. A tal não acontecer, isto é, sendo o autor teimoso e querendo fosse como fosse, manter a podriqueira inicial, nada de leituras, nem de comissões de investigação; muito mais eficiente e barato mandar comprar à farmácia "pankreoflat" ou pastilhas de carvão vegetal.