Nestes dias de chumbo que se vivem nas escolas públicas, socorro-me de Al-Mu'tamid
Chorei quando vi passar
livre, sobre mim voando,
o bando de cortiçóis.
Nem grades nem grilhetas os detinham.
Não foi por inveja que fiquei chorando...
apenas nostalgia de ser livre, …
1 comentário:
Anónimo
disse...
Em jeito de réplica ao teu post, gostava de recordar um episódio, contado por Eduardo Raposo, que tu certamente conhecerás: numa noite, em Coimbra, Manuel Alegre, acompanhado do seu amigo e companheiro de luta estudantil, Adriano Correia de Oliveira, terá exprimido assim a sua revolta face à conjuntura socio-política da época «Mesmo na noite mais triste/ Em tempo de servidão/ Há sempre alguém que resiste/ Há sempre alguém que diz não». Tinham nascido os versos que haviam de dar alma ao poema-canção “Trova do Vento que Passa”. Hoje já não se vive a repressão que terá levado Manuel Alegre a exprimir-se naqueles termos, nem a situação é tão extrema como a de Al-Mu'Tamid, mas há um sentimento de indignação crescente que, dificilmente, os discursos políticos da conformidade, conseguem ocultar. Em dias assim, as palavras dos poetas fazem muito mais sentido!
1 comentário:
Em jeito de réplica ao teu post, gostava de recordar um episódio, contado por Eduardo Raposo, que tu certamente conhecerás: numa noite, em Coimbra, Manuel Alegre, acompanhado do seu amigo e companheiro de luta estudantil, Adriano Correia de Oliveira, terá exprimido assim a sua revolta face à conjuntura socio-política da época «Mesmo na noite mais triste/ Em tempo de servidão/ Há sempre alguém que resiste/ Há sempre alguém que diz não». Tinham nascido os versos que haviam de dar alma ao poema-canção “Trova do Vento que Passa”.
Hoje já não se vive a repressão que terá levado Manuel Alegre a exprimir-se naqueles termos, nem a situação é tão extrema como a de Al-Mu'Tamid, mas há um sentimento de indignação crescente que, dificilmente, os discursos políticos da conformidade, conseguem ocultar. Em dias assim, as palavras dos poetas fazem muito mais sentido!
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