Em Fevereiro de 1945, trinta mil fuzileiros do exército dos Estados Unidos da América desembarcam nas costas de Iwo Jima, uma ilha Japonesa, defendida por vinte mil soldados. A luta que se segue é encarniçada. No final contam-se seis mil baixas do lado dos Americanas e a quase totalidade dos sitiados. Depois da vitória, seis fuzileiros sobem o monte Suribachi e erguem uma bandeira americana simbolizando a vitória. O fotógrafo Joe Rosenthal estava lá e registou esse momento. A fotografia ganhou o prémio Pulitzer e tornar-se-ia numa das mais conhecidas da segunda Guerra Mundial e de todo o séc. XX, servindo de modelo a uma escultura para o monumento da Infantaria dos EUA no Cemitério Nacional de Arlington, inaugurado em 1954.
Embora os seus detractores sempre o tenham acusado de ter forjado a fotografia, Rosenthal sempre se recusou a aceitar a acusação, afirmando que ela foi o resultado de um momento único não planeado. Numa entrevista, em 1995, explicou que a fotografia foi tirada na segunda vez que os soldados subiram ao monte já que da primeira os oficiais acharam que as dimensões da bandeira eram reduzidas.
Joe Rosenthal nasceu a 9 de Outubro de 1911 em Washington. Durante a Grande Depressão mudou-se para S. Francisco começando a trabalhar no Newspaper Enterprise Association em 1930, seguindo-se o San Francisco News, a Associeted Press – para a qual tirou a famosa fotografia – e, finalmente, o San Francisco Chronicle até se reformar.
Ontem, 20 de Outubro, aos 94 anos, enquanto dormia no asilo para idosos de Novato, Califórnia, Joe Rosenthal morreu. Sua filha Annne diria: “Ele era um homem bom e honesto, uma pessoa realmente íntegra”.
Apesar dos críticos, dos cépticos e dos invejosos “Raising the Flag on Iwo Jima” continuará a ser um ícone.
2 comentários:
Há momentos que ficam para sempre. Este será um deles, até porque o fotógrafo estava lá.
Quando eu era miúdo havia uma rubrica no Diário Popular chamada "O Fotógrafo não estava lá" que apresentava o desenho de um determinado acontecimento. Felizmente aqui não foi preciso.
Um abraço.
Confirma. O fotógrafo estava lá...
Abraços,
Pedro
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